Saiba porque é bom que o edital demore a sair

demora para sair o edital
Este artigo frisa a necessidade de estarmos sempre a postos nos estudos
Tenho conversado com muitos concurseiros e percebi a insatisfação de alguns em relação, segundo eles, a escassez de concursos nesse ano de 2011. A maioria argumentou que a ausência de bons concursos públicos acaba provocando um desânimo para seguir nos estudos. Na visão destes candidatos, só se consegue ânimo suficiente para se preparar para concursos quando ocorre a publicação do edital de abertura do certame ou se tem a garantia absoluta de que a essa publicação ocorrerá em breve.
Em resposta ao desânimo destas pessoas, eu volto a falar de um assunto que já comentei neste espaço. A máquina administrativa precisa funcionar. Por isso, os órgãos públicos têm de promover periodicamente contratações de servidores via concurso público. Se vai demorar pouco ou muito tempo, não interessa. O que o candidato deve ficar atento é que um dia o edital será publicado e ele deve estar preparando para quando isso acontecer. Normalmente, os concursos acontecem a cada quatro anos (dois anos de validade prorrogado por mais dois). No entanto, ultimamente esse prazo tem caído pela metade. Ou seja, alguns órgãos públicos estão adotando o tempo de um ano prorrogável por mais um.

De qualquer maneira, a demora na publicação de um edital pode ser empregada em favor do candidato. Basta que ele aproveite esse tempo para elaborar um projeto de estudo. Assim, é importante que o interessado em conseguir um emprego público tenha em mente qual é o seu objetivo e elaborar um projeto de estudo que englobe toda a matéria necessária para que o mesmo possa ser alcançado. Esse projeto deve levar em conta o tempo de estudo disponível, a complexidade do conteúdo programático, as condições financeiras do candidato e o conhecimento que ele já possui sobre o programa exigido.

Para quem nunca prestou concurso ou não participa de um há muito tempo, o ideal é elaborar projeto de médio e longo prazo. Médio prazo para os concursos de menor complexidade, principalmente os que exigem o ensino fundamental (antigo 1º grau), e alguns concursos que pedem o ensino médio, como técnico judiciário dos Tribunais Federais, escrevente técnico judiciário e oficial de promotoria.  Em longo prazo deve-se pensar em concursos que exigem nível superior e que necessitam de uma preparação muito intensa, como é o caso de certames na área fiscal, ou os que têm concorrência muito acirrada, a exemplo dos concursos para oficial de justiça e de analista do Judiciário Federal.

A condição financeira do candidato, citada acima, pode fazer a diferença quando ele aproveita os recursos disponíveis para investir nos estudos. Adquirir livros específicos e matricular-se em um cursinho preparatório pode trazer um excelente retorno.  A possibilidade em participar de um curso preparatório é um grande exemplo de como a demora na publicação do edital pode ser um grande aliado do candidato. Para que o aproveitamento no curso seja compensador é preciso um tempo razoável para que a pessoa assimile todo o conhecimento necessário para disputar uma das vagas com reais chances de se atingir o objetivo. 

É por esse motivo que volto a frisar que a demora na realização do concurso não deve ser encarada como um castigo, mas como algo favorável.  Se o candidato utilizar essa demora para reclamar, será tempo perdido. Caso a demora seja empregada na intensificação dos estudos, então será um bom investimento e as chances de se sair bem-sucedido serão maiores.

Paulo de Freitas - FolhaPE

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